Do que se trata – Poema de Régis Bonvicino
Do que se trataUm mendigo dorme em si mesmo buracos na calçada farol vermelhoo cara estoura a janela enfia a cabeça dentro do carro cacos de vidro no asfaltoarranca o…
Do que se trataUm mendigo dorme em si mesmo buracos na calçada farol vermelhoo cara estoura a janela enfia a cabeça dentro do carro cacos de vidro no asfaltoarranca o…
Sentimento do mundo Tenho apenas duas mãose o sentimento do mundo,mas estou cheio de escravos,minhas lembranças escorreme o corpo transigena confluência do amor.Quando me levantar, o céuestará morto e saqueado,eu mesmo…
Espere por mim Espere por mim que eu vou voltar,Ainda que eu demore, me espereEspere quando um amarelo arCaia por chuvas em série.Espere, quando a neve dilaceraEspere, quando o calor fustigaEspere,…
REGIONAL O sino da minha terraainda bate às primeiras sextas-feiras,por devoção ao coração de Jesus.Em que outro lugar do mundo isto acontece?Em que outro brasil se escrevem cartas assim:o santo…
SIM Sim ! eu vivi teu sexo nas veiasfeito albumina, doce plasmatoda tua semióticavivi teu sexo em todo relento álcoolnas vias dolorosas rentes minhas mucosaslargado sóror! angélico ! vivi teu sexono…
EXISTEM PEDRAS[Maria Teresa Horta]Existem pedras nos olhosmas não as tragascontigomeu amore meu amigoExistem pedras nas mãosmas não as usescomigomeu amore meu amigoExistem pedras sedentasde amor e muito perigonão queiras que…
Ao ângulodepois do terceiro solaté a segunda lua que se considera a certae o novo sol seguindo a flecha sem roteiroque se expandeaté o sol que move o alvocruzando a…
ÍCARO Buscando as profundezas do céuconheceu Ícaro as do mar Adeus, poeira olímpicagrãos da Líbiabarcos de Chipre Adeus, riquezas de Átalovinhos do Mássicocoroas de louroflautas e liras Adeus, cabeça nas estrelasadeus, amigosmulheresefebosadeus, sol:ouro algum…
Um poema de Emily Dickinson evoca a imagem delicada de uma borboleta nos pampas brasileiros, trazendo à tona a fragilidade da paisagem tropical vista por uma autora estrangeira. É interessante…
Poemas de Arthur Sze - Tradução de Júlio Bonatti