Em Paris, Aristide Saccard recomeça do zero após uma sequência de maus negócios. Após vender sua luxuosa propriedade, inicia um serviço que promete ganhos rápidos a pequenos investidores. Com uma estratégia de divulgação agressiva, seduz vários clientes. Rapidamente, Saccard alcança de novo a riqueza e o prestígio na alta sociedade – mas o negócio que criou é um esquema de investimento fictício e ilegal.

 

Enésimo romance da série Rougon-Macquart e escrito em 1891, O dinheiro aborda a especulação financeira na época em que Paris operava uma das maiores bolsas de valores do mundo. A obra traz muitas similaridades com o mundo contemporâneo com enredos que envolvem crise bancária e financeira, práticas ilícitas, manipulação da imprensa, política, poder e sexo.

 

Trecho

“A carta do banqueiro russo de Constantinopla, que Sigismond havia traduzido, era uma resposta favorável, esperada para pôr em andamento o projeto em Paris; e, apenas dois dias depois, Saccard, ao despertar, teve a inspiração de que conviria agir nesse mesmo dia e, antes de anoitecer, formar de uma vez o sindicato, do qual queria estar seguro para alocar antecipadamente cinquenta mil ações de quinhentos francos de sua sociedade anônima, lançada com capital de vinte e cinco milhões. Ao saltar da cama, havia finalmente achado o nome dessa empresa, o letreiro que procurava havia tempos. As palavras ‘Banco Universal’ haviam subitamente flamejado diante dele, como se fossem letras de fogo, no quarto ainda escuro”.

  • autor: Émile Zola
  • tradutor: Nair Fonseca
    Joao Alexandre Peschanski
  • orelha: Mario Sergio Conti
  • capa: Rafael Nobre
  • apoio: Embaixada da França no Brasil
  • quarta capa: David Harvey
    Daniel Bensaïd
    Paul Lafargue
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