A incrível e pouco conhecida história de Rosa Egipicíaca ganha nova edição acrescida de informações inéditas sobre seus últimos dias de vida.
Em 1725, aportava no Brasil uma jovem de seis anos que fora escravizada e trazida à força da Costa de Uidá, Nigéria. Vendida na rua Direita, no Rio de Janeiro, foi batizada com o nome de Rosa e estuprada por seu comprador.
Passados oito anos, é obrigada a deixar a capital fluminense e seguir para Minas Gerais, numa freguesia próxima à vila de Mariana, onde serviria à família Durão. Lá, se prostituiu por quinze anos até ter os primeiros acessos diabólicos, sofrendo uma série de exorcismos. Em meio a essas sessões, deu-se sua conversão a uma vida voltada ao estudo e à devoção à doutrina católica. Daí por diante, sua rotina de visões místicas e manifestações dos sete espíritos que a possuíam só aumentava.
Trabalho primoroso de Luiz Mott, esta é a biografia de uma ex-escravizada negra que, em pleno Barroco brasileiro, chegou a ser considerada por alguns como “a maior santa do céu”. Figura ímpar de nossa história, foi também a primeira escritora negra do país, e sua vida espetacular serviu de inspiração para o samba-enredo da Escola de Samba Unidos da Viradouro de 2023.
LUIZ MOTT nasceu em São Paulo, em 1946. Formou-se em ciências sociais pela USP. Mestre em etnologia pela Sorbonne e doutor em antropologia pela Unicamp, é professor titular aposentado do departamento de antropologia da UFBA. Além de antropólogo, historiador e pesquisador, é ativista dos direitos civis LGBT, tendo fundado o Grupo Gay da Bahia. Escreveu, entre outros livros, Piauí colonial (1985), O lesbianismo no Brasil (1987), Escravidão, homossexualidade e demonologia (1988), O sexo proibido (1989), Bahia: Inquisição e sociedade (2010).
Páginas: 672
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 0.845 kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 25/04/2023
ISBN: 978-65-5921-505-8
Selo: Companhia das Letras
Capa: Fernanda Ficher