Menino de engenho
Primeiro romance de José Lins do Rego, Menino de engenho traz uma narrativa cativante composta pelas aventuras e desventuras da meninice de Carlos, garoto nascido num engenho de açúcar. No livro, o leitor se envolverá com as alegrias, inquietações e angústias do garoto diante de sensações e situações por ele vivenciadas pela primeira vez. Publicado originalmente em 1932, o romance comprova, sem sombra de dúvidas, o talento monumental de um escritor, cuja obra nortearia os rumos do moderno regionalismo brasileiro.
Doidinho
Publicada em 1933, a obra “Doidinho”, continuação de “Menino de Engenho”, mostra Carlinhos em um mundo completamente diferente do engenho Santa Rosa. Carlinhos agora é Carlos de Melo, está saindo da infância e entrando na pré-adolescência, enquanto vive num colégio interno, sob o olhar de um diretor cruel e autoritário. Enquanto lida com o despertar de sua sexualidade, sente falta da antiga vida no engenho, e encontra refúgio nos livros.
As mudanças na vida de Carlos acompanham as mudanças na história do Brasil. Os engenhos estão sendo trocados por usinas, enquanto há uma percepção de que a mão de obra na cultura açucareira é análoga à escravidão.
Com introdução da pesquisadora, crítica literária, autora de literatura juvenil e professora universitária Marisa Lajolo, “Doidinho” é a segunda obra do chamado Ciclo da Cana-de-Açúcar de José Lins do Rego.
O ano de sua publicação coincide com a da obra “Casa-Grande & Senzala” de Gilberto Freyre, de quem José Lins do Rego era amigo.